Estimados (as) albicastrenses,
Iniciamos um novo ciclo de gestão autárquica ainda dominado pelas incertezas resultantes de dois anos de uma pandemia persistente e ainda não debelada.
Sabemos ao que prioritariamente nos devemos obrigar: promover a proximidade com a comunidade que compõe a nossa freguesia, procurando conhecer os seus problemas, necessidades e anseios para que, de forma sustentada e eficaz, os possamos resolver, satisfazer e realizar.
Estaremos próximos, porque estar próximo é saber ouvir, debater, refletir, conjugar, ver e agir.
Estamos obrigados a construir um roteiro efetivo de ações, e fá-lo-emos — mapeando os contributos e estabelecendo os compromissos comunitários sem privilegiar ninguém: com as forças vivas (associações culturais, recreativas, desportivas e profissionais); organizações públicas e privadas (partidos políticos, movimentos sociais, escolas e empresas) e, com tais pontos de partida, transformar os compromissos programáticos em ação com abrangência funcional, sustentabilidade orçamental e equidade distributiva.
Porque um programa não vale pelo que nele se propõe, mas sim pelo que se faz a partir dele e sempre conscientes que as verbas que sustentam as ações são de todos, e determinam, por isso, um profundo respeito, atento cuidado e parcimónia quando as utilizamos.
Pretendemos, neste tempo novo, que o pensar diferente não seja considerado pecado ideológico e muito menos crime de cidadania (embora a História nos lembre que houve quem pensasse o contrário). Pensar diferente é um direito e privilégio de qualquer pessoa que implica respeito por quem, de forma livre, o manifesta.
Não duvidamos que, neste mandato, o raciocínio e o debate nos possibilitará conhecer e trabalhar com pessoas que pensam diferente, e que, apesar disso, enriquecerão a nossa forma de ver as coisas e de tomar decisões.
Na verdade, ao trabalho autárquico em geral e ao trabalho autárquico de proximidade efetiva e afetiva, que se torna mais evidente nas freguesias, estão associadas cinco etapas que são obrigatórias, e queremos, percorrer:
— Conhecer o passado da comunidade (histórico, cultural, social e económico) para saber como continuar, refazer ou mudar o que for necessário.
— Perceber o passado, especialmente os acertos para aprender com eles e poder potenciá-los.
— Saber o presente, para poder enfrentar os grandes desafios, aproveitar todas as potencialidades e enfrentar as principais dificuldades.
— Viver o presente, promover os jovens à decisão e à ação conjugada com os mais experientes, e procurar saber onde estão os que podem fazer e ajudar a consolidar a atualidade ou promover a novidade.
— Querer o futuro, enquadrar e confiar nos jovens, na sua visão de mudança, de novidade e de rutura, depois saber o que e como fazer (ter uma visão operacional e sustentada), saber porque e com quem fazer (ter uma visão estratégica fundamentada) e saber onde fazer (ter um conhecimento efetivo do território físico e social).
Há, neste executivo, um pressuposto firme de proximidade e de aproximação.
Proximidade do Executivo da Freguesia com todas as pessoas e aproximação de todas as pessoas ao Executivo da Freguesia e às organizações e instituições com as quais temos parcerias ou nos relacionamos.
Presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco,
José Dias dos Santos Pires